sábado, 14 de novembro de 2009

São Paulo, 14 de novembro de 2009

acabei de me inscrever para participar do concurso da consul....e...contei a estória do famoso nhoque que minha mãe fazia nos natais da minha infância e juventude....se vou ganhar não sei,......só sei que a consul está ajudando as pessoas a recordarem de momentos felizes passados ao lado das mães., momentos felizes junto com a família....e isso é ótimo....tenho certeza absoluta, que muitos assim como eu, escreveram suas estória não pela premiação em si...é lógico se vier, será tudo de bom...mas o mais importante são as recordações..voltar no tempo e lembrar dos nossos entes queridos, lembrar dos momentos de pura magia é o mais importante mesmo.
Vou colar aqui....o que escrevi pra consul.....


Minha mãe, a dona Maria, que carinhosamente chamávamos de dona Marocas, era dessas mulheres a antiga, que achava que todas as meninas deveriam ser preparadas para serem donas de casa de primeira linha, com isso, eu e minha irmã fomos educadas para tal....e quando chegava o quesito comida, a dona Marocas se esmerava no ensinamento...com isso aprendi a fazer de tudo um pouco. Mas quando chegava qualquer comemoração festiva, minha mãe fazia questão de que ficássemos ao lado dela, ajudando-a a fazer o seu famoso e delicioso nhoque.. ô saudades! ô tempo bom! tempo que infelizmente não voltam mais....mas a doce lembrança posso agora contar devido a este achado da consul , em que incentiva, nós pobres mortais a recordar lembranças de um tempo bom... Minha família não fazia ceia, no natal...assistíamos a missa do galo , minha mãe acendia as velinhas que ficavam na árvore de natal, para que a luz iluminasse o caminho do menino Jesus até a nossa casa, depois íamos dormir na esperança que o bom velhinho trouxesse brinquedos para nós....na manhã seguinte, acordávamos cedíssimo e corríamos para abrir os presentes...aí íamos felizes assistir a santa missa, lá na capelinha Santo Estêvão...na volta eu e minha irmã íamos ajudar a mamãe....como ela fazia o seu famoso nhoque... Ela cozinhava de 1 a dois quilos de batata, depois espremia dentro de uma forma redonda, colocava 2 colheres de manteiga e dois ovos, um pouco de sal...mexia um pouco e ia colocando farinha até dar liga....aí é que eu e minha irmã entrávamos para ajudar....pegávamos uma porção daquela massa, fazíamos uma espécie rolo, e cortávamos em pedacinhos....para que minha mãe jogasse na água fervendo com um pouco de óleo e sal...quando os nhoque subia , ela tirava e jogava na água fria e depois deixava escorrer no escorredor.... Mas a minha lembrança mais gostosa, era a folia que eu e minha irmã fazíamos...era um tal de disputar, qual o nhoque estava mais bonitinho, mais bem cortadinho...era um tal de jogar farinha para não grudar na mesa...saíamos de lá brancas de farinha....e doidinhas para ir brincar com os brinquedos novos.... quando casei e tive meus filhos, também fazia o nhoque, que até hoje todos adoram....festas sem o nhoque da Jurema, não é festa, na família que formei com meu marido.....
Obrigada consul, por esta oportunidade de voltar no tempo que foi tão feliz...

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